*Por Liana Plentz
Jornalista e catequista
Especialista em Ensino Religioso
Coordenadora da Iniciação à Vida Cristã
no Vicariato de Porto Alegre
Secretária da Animação Bíblico-catequética do Regional Sul 3 - CNBB
“Há gestos que valem como um programa de vida:
erguer um candeeiro, afastar as trevas,
difundir a luz,mostrar o caminho.”
(D. Helder Câmara)
DIFUNDIR A LUZ...
É evangelizar, anunciar valores, esperanças e alegrias que se carrega em seu próprio coração e que se faz verdade pelas mãos.A fé nos faz testemunhar aquilo que cremos e cumprir nossa obrigação como operários do diálogo.
Ou seja, ir ao encontro, tocar, amar,deixar-se amar,ouvir, confiar, abraçar,chorar as dores dos empobrecidos e estar com eles na luta pela vida.
DIFUNDIR A LUZ...
É propor uma adesão pessoal ao Deus de Jesus Cristo, que age como fermento interior na transformação progressiva de cada ser humano e não mais verdades abstratas ou idealizadas. É propor de forma livre e direta o Evangelho de Jesus como mensagem de esperança e alegria.Como um cântico novo das criaturas, louvando ao Criador e afirmando a fraternidade.
É ter a certeza de que Cristo Jesus é o único enviado de Deus para revelar-nos sua face e saciar nossa fome de infinito. A esta confissão de fé, deve corresponder o testemunho de vida, como Jesus, totalmente voltada para o Pai e totalmente voltada para o irmão, sobretudo o que sofre; isso não só em escala pessoal ou assistencial, mas também e, sobretudo, na dimensão social.
É repropor ao coração e à mente, muitas vezes distraídos e confusos dos homens de nosso tempo, e antes de tudo a nós mesmos, a beleza e a novidade perene do encontro com Cristo. É um apaixonar-se constante por Jesus.
É tornar a nossa fé credível, através de nossos atos, de nossas atitudes vividas alegremente. Só por este fato, nossa vida cristã se tornaria atrativa e uma verdadeira Palavra de Deus para aqueles que não crêem ou se afastaram da fé. É transformar as dificuldades que hoje encontramos ao evangelizar em novas oportunidades de anúncio do Evangelho.
“Vale mais acender um fósforo do que reclamar da escuridão”. É próprio de um filho de Deus queixar-se sistematicamente do mal, do clima pessimista e negativo que o rodeia? O que aconteceria se nos decidíssemos a fazer o que está ao alcance de nossas mãos? Mudaríamos o mundo!
Os primeiros cristãos, que tinham uma fé viva e operante, mas eram numericamente poucos, conseguiram fazer isto.
É certo não fazer nada por pensar que talvez se possa fazer pouco?
O bem se espalha por natureza: tem um efeito multiplicador que ultrapassa de longe a sua eficácia imediata.
Com a graça de Deus, todas as nossas ações, por pequenas que sejam, têm repercussões que ficam fora do nosso alcance.
DIFUNDIR A LUZ...
É SONHAR JUNTOSUMA CATEQUESE DE INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ!
“Sonho, que se sonha só, é ilusão; sonho que se sonha junto já é sinal de solução!”(D. Helder Câmara)
QUE SONHO É ESTE? EM QUE CONSISTE?
UM NOVO OLHAR PARA UMA NOVA PRÁTICA
QUE NOVO OLHAR DEVO TER SOBRE A MISSÃO DE ANUNCIAR JESUS CRISTO?
Jesus já nos alertava para não colocar vinho novo em odres velhos, porque senão os odres se quebram e se perde o vinho (Mt 9,17).
Assim também não podemos pensar em nova prática se o nosso olhar não mudou, se nossa visão de Igreja e de mundo continua defasada e não acompanha a caminhada que está sendo feita. O essencial é compreender esse novo olhar, é incorporá-lo, é torná-lo nosso.
É muito comum querer adotar novas práticas para vestir o olhar velho. Custamos muito a sair da nossa zona de conforto e resistimos ao novo.
Para poder transformar a catequese, temos primeiro que ser: transformados para transformar. Somente transformados em verdadeiros discípulos missionários poderemos, com nosso exemplo e vivência, ser o evangelizador, o animador de uma catequese de iniciação à vida cristã.
O Papa Francisco na JMJ Rio 2013 já nos exortava a ter estas três atitudes: nunca perder a esperança, esperar as surpresas de Deus e viver na alegria.