Irmãos e Irmãs,
Tema:
“Fraternidade e Tráfico Humano”
Lema: “É para a liberdade que Cristo nos libertou”.
Lema: “É para a liberdade que Cristo nos libertou”.
O objetivo geral da Campanha da
Fraternidade de 2014 é “identificar as práticas de tráfico humano em suas várias formas e
denunciá-las como violação da dignidade e da liberdade humanas, mobilizando
cristãos e pessoas de boa vontade para erradicar este mal com vista ao resgate
da vida dos filhos e filhas de Deus”.
Objetivos específicos:
- Identificar as causas e modalidades do tráfico humano e os rostos
sofridos por esta exploração;
- Celebrar o mistério da morte e ressurreição de Jesus Cristo,
sensibilizando para a solidariedade e o cuidado às vitimas dessas
práticas;
- Suscitar, à luz da Palavra de Deus, a conversão que conduza ao
empenho transformador desta realidade aviltante da pessoa humana;
- Denunciar as estruturas e situações causadoras do tráfico humano;
- Promover ações de prevenção e de resgate da cidadania dos
atingidos;
- Reivindicar, aos poderes públicos, políticas e meios para a
reinserção das pessoas atingidas pelo tráfico humano na vida familiar,
eclesial e social;
Em 2014, a Campanha da
Fraternidade terá como tema “Fraternidade e Tráfico Humano”, cujo lema será: “É
para a liberdade que Cristo nos libertou”.
A escolha do tema surgiu com a
proposta dos Grupos de Trabalhos de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e de
Combate ao Trabalho Escravo, junto à Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) e
a entidades ligadas à Pastoral da Mobilidade Humana.
A situação do tráfico humano no
país e no mundo é alarmante: a Organização Internacional do Trabalho (OIT)
atenta para o aumento de vítimas do tráfico humano, do trabalho forçado e do
tráfico para a exploração sexual. De acordo como site da Organização das Nações
Unidas (ONU), no Brasil, o tráfico de pessoas faz cerca de 2,5 milhões de
vítimas por ano, incluindo homens, mulheres e crianças, mas principalmente
pessoas vulneráveis e carentes – psicologicamente e de recursos.
A Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB), sempre atenta aos problemas sociais, propõe neste ano
de 2014 a discussão do problema do "Tráfico de Pessoas" para a
Campanha da Fraternidade, com o tema: Fraternidade e tráfico humano e o lema:
“É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1). Uma realidade social que
tem ganhado, cada dia mais, espaço nas mídias e deve ser tratado com muita
atenção pela sociedade de maneira geral e por todos nós católicos.
Nesta campanha, faremos uma
reflexão acerca da crueldade do tráfico humano, da dominação e exploração dos
irmãos e irmãs traficados, que ficam impotentes nas mãos dos traficantes que exploram vítimas que estão distantes de
seus familiares. Situação que viola a dignidade e os direitos do ser humano,
criado à imagem e semelhança de Deus. E é na dignidade humana que encontramos o
elemento central teológico para nossa discussão.
Pessoas que têm uma vida sofrida,
dominadas por esse crime e que tem no coração a esperança da liberdade. Uma
esperança que se nutre da entrega total de Jesus Cristo na cruz para vencer as
situações de morte e conceder a liberdade a todos. Por isso nosso lema da
Campanha da Fraternidade deste ano: “É
para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1), especialmente os que
sofrem com injustiças, como as presentes nas modalidades do tráfico humano.
Devemos colocar o dedo nessa
ferida. Não podemos ficar indiferentes a situação de nossos irmãos e irmãs
traficados.
A reflexão deste tema, proposta para a
Campanha da Fraternidade 2014, nos ajudará a entender melhor esta realidade,
que para muitos pode parecer distante, mas atinge pessoas que podem estar ao
nosso lado e necessitam de nossa ajuda.
“Enquanto cristãos somos
desafiados a nos comprometer com o processo de erradicação do tráfico humano em
suas várias expressões nos seguintes níveis: Pessoal; Eclesial Comunitária; Sócio
Político; e utilizar os canais de denúncia para contribuir no enfrentamento ao
trafico humano (texto base)”.
O que o cartaz da CF/2014 nos diz?
1-O cartaz da Campanha da
Fraternidade quer refletir a crueldade do tráfico humano. As mãos acorrentadas
e estendidas simbolizam a situação de dominação e exploração dos irmãos e irmãs
traficados e o seu sentimento de impotência perante os traficantes. A mão que
sustenta as correntes representa a força coercitiva do tráfico, que explora
vítimas que estão distantes de sua terra, de sua família e de sua gente.
2-Essa situação rompe com o
projeto de vida na liberdade e na paz e viola a dignidade e os direitos do ser
humano, criado à imagem e semelhança de Deus. A sombra na parte superior do
cartaz expressa as violações do tráfico humano, que ferem a fraternidade e a
solidariedade, que empobrecem e desumanizam a sociedade.
3-As correntes rompidas e
envoltas em luz revigoram a vida sofrida das pessoas dominadas por esse crime e
apontam para a esperança de libertação do tráfico humano. Essa esperança se
nutre da entrega total de Jesus Cristo na cruz para vencer as situações de
morte e conceder a liberdade a todos. “É para a liberdade que Cristo nos
libertou” (Gl 5, 1), especialmente os que sofrem com injustiças, como as
presentes nas modalidades do tráfico humano, representadas pelas mãos na parte
inferior.
4-A maioria das pessoas
traficadas é pobre ou está em situação de grande vulnerabilidade. As redes
criminosas do tráfico valem-se dessa condição, que facilita o aliciamento com
enganosas promessas de vida mais digna. Uma vez nas mãos dos traficantes,
mulheres, homens e crianças, adolescentes e jovens são explorados em atividades
contra a própria vontade e por meios violentos. (Fonte: CF 2014).
Que Nosso Senhor Jesus Cristo
esteja ao lado dos irmãos traficados, e que eles possam descobrir o caminho da
liberdade e do amor de Deus.
Dom Vilson Dias de Oliveira, DC
Bispo Diocesano de Limeira
Bispo Diocesano de Limeira
Bispo referencial Sul 1