quarta-feira, 22 de maio de 2013

CATEQUESE JUNTO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA - Reg Sul 1- CNBB


SÍNTESE DA REUNIÃO DA EQUIPE DE COORDENAÇÃO REGIONAL- 18/05/2013



A reunião foi realizada no dia 18 de maio de 2013 na residência episcopal da Diocese de Limeira. Participaram Dom Vilson Dias de Oliveira, Paulo e Sonia do Sub-Regional SP2; Mario, Margarete, Solange e Maria Aguilar do SP1; Irmã Marta da Pastoral dos Surdos, Márcia Movimento Fé e Luz; Irmão Carlos Eduardo Exposito representante do Sub-Regional de Ribeirão Preto, Cleuza e Valter Ceccheti da Pastoral das Pessoa com Deficiência da Arquidiocese de S. Paulo. Ausências justificadas de Cícera (Mogi das Cruzes), Vanilda (Votuporanga), Maria Isabel e Jovelina (Limeira).

Após a oração inicial, foram tratados os seguintes assuntos:
·    Apresentação do irmão Carlos Eduardo Exposito, da Comunidade São Francisco de Assis, que representa a Diocese de Ribeirão Preto, onde será iniciada a Catequese junto à Pessoa com Deficiência. Relatou que feito um levantamento das pessoas com deficiência no regional num total de 14.862 pessoas. A diocese tem 94 paróquias, mas estas pessoas estão excluídas da participação na igreja e mesmo da sociedade. Objetivo da pastoral que se inicia é a de resgatar a dignidade de pessoa e seu direito de participar da Igreja – que tenham pleno acesso ao meio celebrativo. “Somos chamados a catequizar todos. Todos devem ter direito aos sacramentos”.

·    A seguir os outros participantes se apresentaram e falaram de suas expectativas: Márcia (Movimento Fé e Luz) trabalha com deficiência intelectual e faz um intenso trabalho para que eles possam não só receber os Sacramentos mas participar integralmente da vida da Igreja e que os deficientes sejam aceitos de modo geral. Ela e o marido (Valter) são coordenadores da província de São Paulo. Em breve participarão de um congresso na Inglaterra que reunirá representantes do Movimento Fé e Luz de todos os continentes.

·    Maria Aguilar tem esperança que a implantação da catequese de Iniciação Cristã traga a plena acolhida dos deficientes e de suas famílias, onde possam participar plenamente da vida de comunidade. Devemos recuperar a dignidade da família. Muitos pais perdem a identidade quando tem um filho com deficiência. Devemos caminhar junto com outras pastorais.

·    Valter, coordenador da pastoral das Pessoas com Deficiência, destacou o trabalho para que os deficientes sejam protagonistas. Lembrou a questão de que muitas igrejas não têm acessibilidade, não tem estrutura para acolher a pessoa com deficiência.

·    Irmã Marta da pastoral dos surdos expôs que a falta de interpretes com conhecimento teológico é um desafio; falta a formação de interpretes para contextualizar os temas para a catequese. Há falta de interprete para a missa. Os catequistas não conhecem bem a linguagem de libras e isso dificulta a inclusão.
·    Sonia e Paulo falaram da retomada da catequese junto à pessoa com deficiência em Mogi das Cruzes, a formação de catequistas e a linguagem de libras. Aos poucos o clero está participando, a catequese toma novo rumo. Está havendo inclusão das crianças com deficiência nas turmas de catequese. As comunidades tem tido acesso em tudo o que acontece, envio de cartas para a formação das catequistas. Em Mogi das Cruzes não há um diretório de catequese mas todas falam a mesma linguagem. Foi destacada a importância da acolhida do deficiente em trabalhar nas barracas da festa do Divino. (propiciando resgate da dignidade da família também).

·    Dom Vilson lembrou que há três anos estamos juntos fazendo um trabalho na catequese junto às pessoas com deficiência. Participou com Irmã Marta em Brasília do encontro dos coordenadores de animação bíblico-catequética dos Regionais da CNBB de 2013. Quanto a sua saúde, falou do sucesso das cirurgias e graças a Deus está tudo bem. Comunicou que dois catequistas de Limeira estão fazendo curso de interpretes.

·    Quando ao roteiro para o subsidio do Sul 1 para a catequese, Cicera irá apresentá-lo na próxima reunião. Foi comentado que infelizmente ainda não temos noção da importância do trabalho junto às pessoas com deficiência. A região Brasilandia inicia um projeto de catequese inclusiva com crianças surdas, precisamos estar atentos para que haja realmente a inclusão nas celebrações e na vida da comunidade. Muito importante a iniciativa da catequista. O deficiente e sua família precisam sentir-se parte da comunidade.

·    No próximo encontro resgatar todo material que temos desde 2002, o trabalho do Padre Antonio Marcos, material do irmão Carlos - revista de catequese.

·    Foi sugerido convidar Padre Décio (CNBB – DF) e Padre Antônio Marcos para a próxima reunião.

·    Dom Vilson falou da possibilidade de três vagas para o próximo Sulão, se mostraram interessados: Irmã Marta, Mario e Solange. As despesas ficam por conta das Regiões. Margarete entrará em contato com Padre Paulo para confirmação.

·    Dom Vilson, comunicou que foi cancelada a Assembléia prevista para os dia 27 e 28 de setembro deste ano, porém, ficou mantida a Romaria dos Catequistas a Aparecida dia 29 de setembro celebrando o Ano da Fé.

·    Foi entregue a equipe por Dom Vilson o livro do Sulão e “Sou Católico”.

·    Próxima reunião será no dia 24/agosto/2013 em Limeira, um dos assuntos será o planejamento de encontro de formação para o ano de 2014.

Margarete / Maria Aguilar/ Dom Vilson

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Encontro de padres assessores diocesanos para a Animação Bíblico-Catequética - Regional Sul 1 - CNBB

 O VII Encontro de padres assessores aconteceu em Campos do Jordão - SP, na casa salesiana: Vila Dom Bosco, nos dias 14, 15 e 16 de maio. Foi um momento fecundo de oração, reflexão, partilha e confraternização com s participantes, representantes de 15 dioceses do Regional.
Os assessores convidados, Pe. Boris Augustin Nef Ulloa e Pe. Luiz Alves de Lima, trabalharam os temas: Evangelho de Lucas, caminho do discipulado e Catequese e Nova Evangelização para a Transmissão da Fé, respectivamente.
A final do evento foram dadas as informações necessárias sobre o VIII Sulão bíblico-catequético, que será nos dias 25-27 de outubro em São Leopoldo - RS e a Assembléia Regional que se realizará em Aparecida-SP durante os dias 27-29 de setembro. 

No dia 29 vai acontecer a Jornada de Catequistas no Ano da Fé, com celebração
Eucarística as 10h no Santuário Nacional se Aparecida, certos de que " no céu do nosso caminho resplandece com vigor a luz de Maria, a Estrela da nova evangelização, à qual nos recomendamos confiantes" para a transmissão da fé.


Pe. Paulo Gil - Coordenador da Animação-Bíblico Catequética Regional Sul 1  

quarta-feira, 8 de maio de 2013

“Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização”

 47º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS 2013

*Por Diego Santos


Comunicar é dar sentido ao modo de ser e existir


A comunicação social será elevada em prece, de maneira especial pela Igreja Católica no próximo domingo, dia 12 de maio, Solenidade da Ascensão do Senhor, na celebração do 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais. “As redes sociais” é o tema da mensagem escrita pelo Papa Emérito Bento XVI, divulgada no dia 24 de janeiro desse ano, na memória litúrgica de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas. Vivemos numa época de transformações mediadas pelas novas tecnologias da comunicação, plataformas e aplicativos digitais. Sendo assim, as redes sociais fazem parte do cotidiano das pessoas. 

Desse modo, a Igreja reconhece ser um espaço importantíssimo para a propagação da verdade e da fé e ser ainda um “novo areópago para a evangelização”, como afirmou o Beato João Paulo II. Entretanto, nem sempre as redes sociais são utilizadas para uma comunicação que gera a vida. Imersa no mundo caótico e sem sentido, essas plataformas digitais são descaracterizadas da sua função social de promover a dignidade humana e os princípios cristãos. 

Seja por um comentário que se faz ou por uma imagem que se coloca, há nitidamente que algumas pessoas estão equivocadas ao apropriar-se desse ciberespaço. De modo que, ao contrário, as redes sociais podem e devem ser canais de comunicação que unam as pessoas, partilham informações, fortaleça amizades, promova importantes discussões sobre as várias instâncias da vida humana, que realmente, facilite a comunhão. Sabemos que a pessoa que tem o conhecimento detém o poder, e quem compartilha, influencia e transforma de alguma forma a vida das outras pessoas e a realidade que as cerca. Esse conhecimento deve estar fundamentado nos valores que parecem estar esquecidos na atualidade, e a mensagem para esse dia, novamente enaltece: a autenticidade. Hoje em dia é difícil falar em veracidade, transparência e honestidade. Os dramas e conflitos que assistimos que acontecem na vida humana enfatizam cada vez mais o niilismo.

Tendo em vista a temática da mensagem para essa celebração, somos convidados a refletir sobre a nossa presença no mundo digital. Filosoficamente falando, será que realmente somos e existimos nas redes sociais? Ou seja, será que realmente eu sou aquilo que comunico? Será que a minha existência no ciberespaço é significativa? Muitas vezes aparentamos ser e fingimos estar.

Vivemos no mundo das aparências, cuja lógica defende que não basta ser, mas precisa parecer ser. Logo, há uma complexidade em definir os conceitos ser, existir e estar nesse contexto tecnológico. A pós-modernidade com a globalização e as teorias antropológicas da complexidade gera veementemente a indiferença nas pessoas. Em nossas relações humanas somos mecânicos, convenientes, interesseiros e miméticos. Ações que, por sua vez, não expressam vida, amor, esperança e solidariedade.

Ao passo que as redes sociais são alimentadas pelos anseios que brotam do coração das pessoas, devemos cultivar princípios que condizem com a nossa essencialidade e espiritualidade, isto é, que expressem o sentido do nosso modo de ser e da nossa existência. A espiritualidade é uma virtude que pode ser vivida e testemunhada na e pelas redes sociais e ajudar a difusão desses valores. Todavia, busca-se uma vida cada vez mais efêmera, fluida e líquida, influenciada pela cultura do consumo hedonista, do mecanicismo e do mercantilismo, prescindindo da dimensão espiritual. 

São perceptíveis as pessoas que cultivam uma vida de fé alicerçada pela oração, tanto no seu modo de falar e ver a realidade e como no seu agir na sociedade. O contrário também logo se percebe, pessoas que não possuem uma espiritualidade, um princípio de fé ou de vida, apresentam atitudes que não vem de Deus e um discurso denunciatório que a todo o momento julga as pessoas e a realidade, e no final não promovem nenhuma ação beneficente para reverter a mediocridade e a opressão. 

Convivemos com pessoas que falam, mas não comunicam, fazem, mas não agem com sinceridade e caráter. A violência e os conflitos entre as pessoas e os países estão correlacionados com a falta dessa espiritualidade, a falta de Deus no coração humano e de suas ações. Ao celebrar o Ano da Fé no cinquentenário do início do Concílio Ecumênico Vaticano II, somos convidados como cristãos a refletirmos sobre a nossa espiritualidade. O grande convite da Igreja é que o encontro pessoal que tivemos com Jesus Cristo, de fato nos leve constantemente a uma vida de fé convicta e verdadeira que resulta no serviço aos irmãos e as irmãs, especialmente os mais pobres, como nos recorda o estimado Papa Francisco. 

“Devemos sair dos grandes centros urbanos e percorrer as periferias”, lembra o sucessor de Pedro. Sendo assim, somos chamados a sair do mundo da aparência, da superficialidade, do sensacionalismo e dos espetáculos e adotarmos posturas que nos levem a ações profundas, concretas e eficazes. A proposta da nova evangelização é justamente essa, a de ir ao encontro daquelas pessoas que necessitam não só de condições mínimas para viver, mas que perderam o sentido da vida.

Portanto, que a comunicação da Igreja, a nossa comunicação e a comunicação do mundo todo seja para valorizar a vida e gerar ações de solidariedade entre todas as pessoas. Vale ressaltar que as relações virtuais não substituem o contato pessoal. Por isso, saibamos construir relações autênticas de amizade e de paz, independentemente do número de amigos que temos em nossa rede social, mas que sejamos verdadeiros naquilo que somos, fazemos e professamos, e tenhamos pessoas assim ao nosso lado para que a nossa vida e a das outras tenham sentido, não somente existencial, mas espiritual. 

Ainda, a comunicação nas redes sociais precisa ser compreendida não como portas de saída da realidade, mas extensões capazes de enriquecer a nossa capacidade de viver as relações e partilhar informações, bem como uma oportunidade para darmos sentido a nossa vida e buscarmos a verdade no modo de ser e agir. Estejamos sempre online para essa realidade que nos transforma e que deve gerar a justiça, a fraternidade e o amor. E por fim, que a exemplo de São Francisco de Assis, nossa vida tenha sentido a partir de uma comunicação que seja instrumento da paz no mundo!

 (Diego Santos é Jornalista bacharel em Comunicação Social pelo Instituto Superior de Ciências Aplicadas, Pós Graduando em Comunicação Social pela PUC - COGEAE e seminarista da Diocese de Limeira – SP graduando do 2º ano de Filosofia pela PUC- Campinas. Foi coordenador diocesano da Pastoral da Comunicação e atualmente é pesquisador em Comunicação Organizacional, Institucional e Estratégica).