sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Campanha da Fraternidade 2014


Irmãos e Irmãs,
Tema: “Fraternidade e Tráfico Humano”
Lema: “É para a liberdade que Cristo nos libertou”.
O objetivo geral da Campanha da Fraternidade de 2014 é “identificar as práticas de tráfico humano em suas várias formas e denunciá-las como violação da dignidade e da liberdade humanas, mobilizando cristãos e pessoas de boa vontade para erradicar este mal com vista ao resgate da vida dos filhos e filhas de Deus”.
Objetivos específicos:
  • Identificar as causas e modalidades do tráfico humano e os rostos sofridos por esta exploração;
  • Celebrar o mistério da morte e ressurreição de Jesus Cristo, sensibilizando para a solidariedade e o cuidado às vitimas dessas práticas;
  • Suscitar, à luz da Palavra de Deus, a conversão que conduza ao empenho transformador desta realidade aviltante da pessoa humana;
  • Denunciar as estruturas e situações causadoras do tráfico humano;
  • Promover ações de prevenção e de resgate da cidadania dos atingidos;
  • Reivindicar, aos poderes públicos, políticas e meios para a reinserção das pessoas atingidas pelo tráfico humano na vida familiar, eclesial e social;
Em 2014, a Campanha da Fraternidade terá como tema “Fraternidade e Tráfico Humano”, cujo lema será: “É para a liberdade que Cristo nos libertou”.
A escolha do tema surgiu com a proposta dos Grupos de Trabalhos de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e de Combate ao Trabalho Escravo, junto à Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) e a entidades ligadas à Pastoral da Mobilidade Humana.
A situação do tráfico humano no país e no mundo é alarmante: a Organização Internacional do Trabalho (OIT) atenta para o aumento de vítimas do tráfico humano, do trabalho forçado e do tráfico para a exploração sexual. De acordo como site da Organização das Nações Unidas (ONU), no Brasil, o tráfico de pessoas faz cerca de 2,5 milhões de vítimas por ano, incluindo homens, mulheres e crianças, mas principalmente pessoas vulneráveis e carentes – psicologicamente e de recursos.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), sempre atenta aos problemas sociais, propõe neste ano de 2014 a discussão do problema do "Tráfico de Pessoas" para a Campanha da Fraternidade, com o tema: Fraternidade e tráfico humano e o lema: “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1). Uma realidade social que tem ganhado, cada dia mais, espaço nas mídias e deve ser tratado com muita atenção pela sociedade de maneira geral e por todos nós católicos.
Nesta campanha, faremos uma reflexão acerca da crueldade do tráfico humano, da dominação e exploração dos irmãos e irmãs traficados, que ficam impotentes nas mãos dos traficantes  que exploram vítimas que estão distantes de seus familiares. Situação que viola a dignidade e os direitos do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. E é na dignidade humana que encontramos o elemento central teológico para nossa discussão.
Pessoas que têm uma vida sofrida, dominadas por esse crime e que tem no coração a esperança da liberdade. Uma esperança que se nutre da entrega total de Jesus Cristo na cruz para vencer as situações de morte e conceder a liberdade a todos. Por isso nosso lema da Campanha da  Fraternidade deste ano: “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1), especialmente os que sofrem com injustiças, como as presentes nas modalidades do tráfico humano.
Devemos colocar o dedo nessa ferida. Não podemos ficar indiferentes a situação de nossos irmãos e irmãs traficados.
 A reflexão deste tema, proposta para a Campanha da Fraternidade 2014, nos ajudará a entender melhor esta realidade, que para muitos pode parecer distante, mas atinge pessoas que podem estar ao nosso lado e necessitam de nossa ajuda.
“Enquanto cristãos somos desafiados a nos comprometer com o processo de erradicação do tráfico humano em suas várias expressões nos seguintes níveis: Pessoal; Eclesial Comunitária; Sócio Político; e utilizar os canais de denúncia para contribuir no enfrentamento ao trafico humano (texto base)”.


O que o cartaz da CF/2014 nos diz?
1-O cartaz da Campanha da Fraternidade quer refletir a crueldade do tráfico humano. As mãos acorrentadas e estendidas simbolizam a situação de dominação e exploração dos irmãos e irmãs traficados e o seu sentimento de impotência perante os traficantes. A mão que sustenta as correntes representa a força coercitiva do tráfico, que explora vítimas que estão distantes de sua terra, de sua família e de sua gente.
2-Essa situação rompe com o projeto de vida na liberdade e na paz e viola a dignidade e os direitos do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. A sombra na parte superior do cartaz expressa as violações do tráfico humano, que ferem a fraternidade e a solidariedade, que empobrecem e desumanizam a sociedade.
3-As correntes rompidas e envoltas em luz revigoram a vida sofrida das pessoas dominadas por esse crime e apontam para a esperança de libertação do tráfico humano. Essa esperança se nutre da entrega total de Jesus Cristo na cruz para vencer as situações de morte e conceder a liberdade a todos. “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1), especialmente os que sofrem com injustiças, como as presentes nas modalidades do tráfico humano, representadas pelas mãos na parte inferior.
4-A maioria das pessoas traficadas é pobre ou está em situação de grande vulnerabilidade. As redes criminosas do tráfico valem-se dessa condição, que facilita o aliciamento com enganosas promessas de vida mais digna. Uma vez nas mãos dos traficantes, mulheres, homens e crianças, adolescentes e jovens são explorados em atividades contra a própria vontade e por meios violentos. (Fonte: CF 2014).
Que Nosso Senhor Jesus Cristo esteja ao lado dos irmãos traficados, e que eles possam descobrir o caminho da liberdade e do amor de Deus.


Dom Vilson Dias de Oliveira, DC
Bispo Diocesano de Limeira
Bispo referencial Sul 1

Um comentário:

  1. Muito oportuno esse tema da Campanha da Fraternidade de 2014, precisamos realmente erradicar este mal!

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